#80 Inteligência Artificial e o Declínio de Hollywood: A Tecnologia que está Transformando o Cinema
Google lança Gemini 2.0 com recursos avançados de IA, ByteDance apresenta Goku, ferramenta de criação de imagens e vídeos por Prompt da Semana: Deep Research para Economizar , Papers da semana e mais.
Bem Vindos, entusiastas do Futuro!
O que temos para hoje:
Notícias:
Google lança Gemini 2.0 com recursos avançados de IA
ByteDance apresenta Goku, ferramenta de criação de imagens e vídeos por IA
Pesquisadores desenvolvem modelo de IA rival ao da OpenAI por menos de US$50
Elon Musk lidera oferta de US$97,4 bilhões para adquirir controle da OpenAI
Algorithmiq utiliza circuitos quânticos para acelerar cálculos químicos
Artigo da semana:
Inteligência Artificial e o Declínio de Hollywood: A Tecnologia que está Transformando o Cinema
Papers da Semana:
s1: Escalonamento Simples em Tempo de Teste
OmniHuman revoluciona animação humana com IA
Prompt da semana:
Prompt da Semana: Deep Research para Economizar Horas Comparando Opções
LBCIA Tutoriais:
Domine a Análise Pré-Mercado com Insights de IA
Ferramentas de IA da semana
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O que está acontecendo?
Google lança Gemini 2.0 com recursos avançados de IA
O Google anunciou o lançamento do Gemini 2.0, sua mais recente atualização em inteligência artificial. A versão 2.0 Flash oferece suporte a entradas multimodais, como imagens, vídeos e áudio, além de gerar saídas que combinam texto e imagens nativas. O modelo também possui capacidades de síntese de fala em múltiplos idiomas e pode utilizar ferramentas como o Google Search e execução de código. O Gemini 2.0 Flash já está disponível para desenvolvedores via API no Google AI Studio e Vertex AI, com planos de disponibilização geral em janeiro. Além disso, o Google está explorando experiências de agentes de IA com protótipos que aproveitam as capacidades multimodais do Gemini 2.0, como o Projeto Astra, que investiga as futuras capacidades de um assistente de IA universal. Google blog
ByteDance apresenta Goku, ferramenta de criação de imagens e vídeos por IA
A ByteDance revelou o Goku, uma ferramenta de inteligência artificial capaz de criar imagens e vídeos a partir de descrições textuais. O Goku utiliza modelos de aprendizado profundo para gerar conteúdo visual de alta qualidade, facilitando a produção de mídia para diversas aplicações. A ferramenta demonstra o avanço da ByteDance em IA generativa, competindo diretamente com outras soluções no mercado.
Pesquisadores desenvolvem modelo de IA rival ao da OpenAI por menos de US$50
Uma equipe de pesquisadores criou um modelo de IA de raciocínio, denominado s1, que rivaliza com o da OpenAI, treinado em apenas 26 minutos a um custo inferior a US$50. Utilizando um conjunto de 1.000 perguntas e técnicas de distilação do modelo Gemini 2.0 Flash Thinking Experimental do Google, o s1 foi baseado no Qwen2.5, um modelo de código aberto da Alibaba Cloud. O treinamento ocorreu em 16 GPUs Nvidia H100, empregando técnicas que permitem ao modelo refinar suas respostas, melhorando a precisão.
Elon Musk lidera oferta de US$97,4 bilhões para adquirir controle da OpenAI
Um consórcio liderado por Elon Musk fez uma oferta não solicitada de US$97,4 bilhões para adquirir o controle da organização sem fins lucrativos que governa a OpenAI. Musk, que tem estado em conflito legal com Sam Altman, cofundador da OpenAI, busca retornar a empresa à sua missão original de código aberto e foco em segurança. Altman rejeitou a oferta, afirmando que a estrutura da OpenAI impede que um indivíduo tenha controle total.
Algorithmiq utiliza circuitos quânticos para acelerar cálculos químicos
A Algorithmiq anunciou o uso de seus circuitos quânticos Aqumen Seeker para acelerar cálculos em química computacional. Esta abordagem visa melhorar a precisão e eficiência na simulação de sistemas moleculares complexos, potencialmente revolucionando áreas como desenvolvimento de medicamentos e materiais.
Canal LBCIA:
Inteligência Artificial e o Declínio de Hollywood: A Tecnologia que está Transformando o Cinema
Em meio a um cenário cada vez mais turbulento, a indústria do entretenimento de Hollywood parece estar enfrentando uma grave crise. Profissionais da criação na Califórnia lidam com problemas que vão desde o aumento de produções em outros estados e países, até a redução contínua do público nos cinemas.
Isso acontece simultaneamente a mudanças tecnológicas, como a forte adoção da Inteligência Artificial e a proliferação de serviços de streaming.
Alguns exemplos:
Há uma corrida frenética para construir um novo estúdio gigantesco em Las Vegas.
Texas, Novo México, Arizona, Pensilvânia, Louisiana, Nova Jersey e outros estados também estão competindo agressivamente por projetos.
Na semana passada, a Apple TV+ concordou em filmar mais projetos na França.
A pressão por mais “conteúdo local” está vindo de todo o mundo. A Netflix recentemente se gabou de ter 40 projetos em andamento na Europa e pode estar ainda mais comprometida com o Sudeste Asiático.
Podemos notar isso no conteúdo por si só. Quem assiste essas plataformas com uma certa frequência, consegue ver essa mutação no próprio menu dos streamings.
Cada fator, sozinho, poderia ser contornado, mas, juntos, formam o que muitos descrevem como um “ponto sem retorno” ainda mais com o advento dos filmes por IA, que está apenas no início.
As dificuldades não são recentes, mas o agravamento torna essa recuperação mais complexa que nunca.
O sonho de produzir exclusivamente na Califórnia já não é tão atraente, pois incentivos fiscais e custos de produção competitivos em outros locais reduzem a importância e a atratividade do eixo hollywoodiano. Em paralelo, as exigências por conteúdo local e diversidade cultural aumentam, obrigando plataformas a ampliarem seus horizontes e buscarem histórias em territórios cada vez mais distantes.
Além disso, a diminuição da audiência nas salas de projeção reforça ainda mais a sensação de declínio.
Antes da pandemia, arrecadações chegavam a ultrapassar a marca de 11 bilhões de dólares anuais. Agora, alcançar 8 bilhões já foi comemorado como uma grande vitória, mas especialistas no setor duvidam até dessa sustentabilidade.
Em meio a franquias repetitivas e blockbusters caros (eu não consigo mais ver filmes da Marvel a anos), a palavra de ordem passou a ser corte de custos e otimização de processos. O próprio Bob Iger, executivo da Disney, disse que irá reduzir a quantidade de filmes. Com isso, títulos originais, independentes e mais ousados acabam perdendo espaço (infelizmente).
A coisa está tão séria que Quentin Tarantino resolveu se dedicar ao Teatro invés do Cinema.
A crítica de Tarantino reflete o descontentamento de muitos profissionais que veem a tradição de Hollywood ser completamente desmantelada. Ele lamenta a brevidade das janelas de exibição, lembrando que, em muito pouco tempo, um filme pode ser visto no conforto do lar do espectador. Para ele, esse modelo não faz jus à experiência cinematográfica.
Isso sem falar na música. Compositores, arranjadores e instrumentistas relatam escassez de trabalho para trilhas sonoras, enquanto gravações se deslocam para outros locais. Esse panorama alimenta a preocupação de que o ecossistema de Hollywood possa desmoronar de vez, atingindo profissionais históricos.
Recentemente, o vencedor do Oscar, Peter Rotter, publicou uma carta aberta descrevendo a crise na indústria musical de Hollywood.
"Os músicos não conseguem mais pagar as contas, pois a quantidade de trilhas sonoras sendo produzidas aqui em Los Angeles despencou... Vejo a infraestrutura da indústria de gravação em LA prestes a colapsar. É apenas uma questão de tempo até que isso aconteça... Nossa cidade se tornou silenciosa, imóvel e desprovida de criação musical."
Os gigantes do streaming, que muitos acreditavam ser a salvação, deixam claro que tem outras prioridades do que gerar emprego na cadeia do conteúdo. A Netflix, por exemplo, aumentou o valor das assinaturas em diversas faixas, ao mesmo tempo em que reduziu investimentos em conteúdo original, o importante é o lucro. O foco agora recai sobre publicidade e estratégias de monetização rápidas, enquanto a criação de séries ou filmes inéditos fica em segundo plano. O que, na minha humilde opinião, fez com que a qualidade do conteúdo tenha caído de forma vertiginosa também.
Amazon Music também subindo preços de suas assinaturas. Para criadores, a sensação é de que os distribuidores ganham mais, enquanto o repasse para roteiristas, diretores e músicos segue em queda contínua. O que não deixa de ser verdade.
Essa dinâmica leva executivos a reverem seus modelos de negócio, sem oferecer soluções reais aos profissionais que sustentam a indústria. Ao mesmo tempo, figuras de poder, como Daniel Ek, presidente do Spotify, vendem grandes quantidades de ações da própria companhia, levantando suspeitas sobre a estabilidade do serviço. Para muitos, a lógica é clara: plataformas digitais enxergam maior rentabilidade em intermediar conteúdo do que em fomentar novos projetos artísticos.
Isso faz com que a música, o cinema e outras expressões criativas virem nada mais do que produtos para captação de anúncios ou assinaturas, em detrimento de um ecossistema saudável que realmente valorize a criação, seja ela da forma tradicional ou por IA.
E é aqui que a coisa toma uma proporção ainda maior. E que teoricamente, não é de hoje.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está considerando a implementação de diretrizes que exijam a divulgação do uso de Inteligência Artificial (IA) na produção de filmes. Segundo eles, a iniciativa visa garantir transparência e integridade nos processos criativos, especialmente em áreas como roteirização, efeitos visuais e edição.